sexta-feira, 30 de julho de 2010

Miguel Nicolelis dedica prêmio científico a seus professores

O cientista brasileiro comemora o prêmio de R$ 4,4 milhões e comenta suas chances ao Nobel.

 Foto de Manoel Marques/Revista Brasileiros


A ciência brasileira comemora: o neurocientista paulistano Miguel Nicolelis ganhou, por seu pioneirismo, de um prêmio de US$2,5 milhões (R$ 4,4 milhões), um dos mais cobiçados dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês).



A verba será doada ao longo de cinco anos e servirá para aprofundar suas pesquisas sobre o funcionamento do sistema nervoso e a interação cérebro-máquina.“O projeto é importantíssimo. Poucos recebem esse volume de dinheiro para um projeto nos Estados Unidos”, disse ao iG o professor titular de neurocirurgia da Faculdade de Medicina da USP Manoel Jacobsen Teixeira.



"O Nicolelis é um entusiasta. Para criar novas tecnologias, tem sonhar porque elas ainda não existem. Se você não tiver alma de artista, não será um investigador. Ele tem essa alma. E é um investigador completo. Ele faz de tudo, de construir o eletrodo a analisar os dados. Tudo com muita competência.", completa o neurologista, que também tem um trabalho em conjunto com Nicolelis em pessoas com Parkinson no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.



O projeto consiste na implantação de eletródios no cérebro de pessoas com Parkinson, que emitem estímulos elétricos sobre os neurônios, revertendo os sintomas da doença. Os sinais são controlados por um marcapasso. Está programada a realização de 12 cirurgias deste tipo. A primeira delas aconteceu em maio.



A notícia do prêmio do NIH foi recebida com alegria em Natal, cidade onde Nicolelis é diretor científico do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra (IINN-ELS), referência mundial de pesquisa biomédica, e que mantém projetos como a Escola de Educação Científica Alfredo J. Monteverde. “O prêmio foi muito bom, pois, com o dinheiro o Dr. Nicolelis poderá manter os estudos do laboratório em Duke por dois anos”, disse Dora Montenegro, diretora da escola científica, que atende crianças do ensino público em Natal.










Nicolelis posa com um dos seus animais de laboratório em 2000: pioneiro no estudo da interação cérebro-máquina







Foto: © AP



"Meu negócio é trabalhar"

Em uma conexão entre Atlanta e San Francisco, o neurocientista conversou com o iG sobre a repercussão do prêmio, seu trabalho em Natal e nos Estados Unidos, as possibilidades de um Nobel no futuro e mostrou que mesmo longe, não perde uma notícia da sua outra paixão, o Palmeiras. Leia abaixo:



iG: Como o senhor recebeu a notícia do prêmio?

Miguel Nicolelis: Recebi com muita alegria, com muita satisfação. É algo inédito e muito difícil de conseguir. Todo pesquisador americano é convidado a se inscrever para esse prêmio, com uma espécie de dissertação. São alguns milhares de cientistas que se inscrevem mandando um texto sobre o futuro da ciência na sua área. E depois esse número é drasticamente reduzido para uns 30, 40 finalistas, e cada um deles dá uma aula rápida, de 15 a 20 minutos e o comitê dá uma nota e escolhe o grupo vencedor. É um processo de vários meses, meio torturante. Eu sabia que a minha nota foi alta, pelo relatório do comitê, mas a gente nunca sabe o que acontece no final.

iG: O que pretende fazer com a verba?

Nicolelis: Expandir as nossas pesquisas na área da interface cérebro- máquina. Poderemos testar uma série de idéias e testar uma série de tecnologias que não poderíamos sem esse prêmio. E poderemos avançar esse campo de uma maneira bem mais rápida do que eu imaginava há duas semanas.

Primeiro vamos poder expandir a capacidade de registro da atividade elétrica do cérebro de algumas centenas de células para algumas dezenas de milhares. Só isso será um avanço muito grande.

Poderemos construir um espaço virtual para criar avatares de nossos animais de laboratório, nossos primatas, o que vai permitir que testemos do ponto de vista técnico e operacional todos os aspectos da veste robótica que nós estamos desenvolvendo.

E se os testes forem como imaginamos, poderemos avançar para testes com pacientes bem mais rápido do que eu imaginava antes. Vamos acelerar todas as etapas. Nosso trabalho com Parkinson, se tudo der certo, em um ano já conseguimos. O trabalho com as vestes robóticas, levará uns dois ou três até iniciarmos algum teste clínico.



iG: Como divide seu tempo entre Natal e Estados Unidos?

Nicolelis: Mais ou menos 30% do meu tempo eu passo em Natal. O resto passo entre Estados Unidos e Europa, nos laboratórios e dando palestras. Lá trabalhamos também com interface cérebro-máquina. Também colaboro com o Sidarta Ribeiro, em estudos da atividade do córtex cerebral e sonhos. Mais um ex-aluno meu, Rômulo Fuentes, está chegando em Natal para continuar o trabalho com Parkinson em primatas.



Temos várias linhas de trabalho que estão transformando Natal num polo muito importante de neurociência no Brasil, que está sendo conhecido no mundo inteiro. Onde eu vou o pessoal pergunta do instituto em Natal. É muito bom ter isso.



E neste momento temos 18 crianças da periferia de Natal que fizeram nosso curso de educação científica e vão passar a ser estagiários do Instituto de Neurociência, vão fazer iniciação científica. São crianças que vieram de escolas públicas com problemas seríssimos, passaram três anos conosco e agora desenvolveram não só o interesse e a paixão como a capacidade de se tornar cientistas mirins e vão passar a trabalhar nos laboratórios do instituto. Lá é um celeiro de cientistas.



iG: O senhor é o primeiro brasileiro a ganhar esse prêmio. Que outras pesquisas brasileiras merecem destaque internacional?

Nicolelis: Vários, em todas as áreas do conhecimento. Os professores Ruth e Victor Nussenzweig, e seu trabalho em malária em Nova York, que é espetacular. O professor Luiz Hildebrando Pereira da Silva que era do Instituto Pasteur e agora está em Rondônia. Tanto dentro quanto fora do Brasil, existem cientistas brasileiros com um talento enorme, é difícil de lembrar o nome de todos. A qualidade dos cientistas brasileiros é muito alta atualmente.



iG: Volta e meia seu nome é citado como um provável prêmio Nobel. O que o senhor acha disso?

Nicolelis: Ah, eu não tenho a menor idéia. [ri]. Eu não sei de nada.



iG: Mas ouvir isso não é novidade para o senhor, não?

Nicolelis: Ouvir, não. Mas eu não tenho opinião nenhuma. Não sou eu quem vota, não sou eu quem decide, eu só fico quietinho. Meu negócio é trabalhar.



Eu gostaria de dedicar esse prêmio da NIH a todos os professores que tive no Brasil. É uma classe tão sofrida, que trabalha com tantas dificuldades. Mas desde o primeiro ano da escola primária, até a universidade e depois da universidade, foram os professores brasileiros que me ajudaram a perseguir o meu sonho. É a todos eles que eu dedico esse prêmio.



iG: E o senhor soube da volta do Valdívia ao Palmeiras?

Nicolelis: Ô, essa eu fiquei sabendo na hora. Esse tipo de notícia eu não perco.


Fonte: IG Último Segundo - http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/miguel+nicolelis+dedica+premio+cientifico+a+seus+professores/n1237732346820.html

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Mano convoca a seleção pela primeira vez

Segue lista dos convocados:

Goleiros

Renan - Avaí
Jefferson - Botafogo
Victor - Grêmio

Laterais

Rafael - M. United
Marcelo - Real Madrid
André Santos - Fenerbahçe
Daniel Alves - Barcelona

Zagueiros

David Luiz - Benfica
Henrique - Racing S.
Réver - Atlético-MG
Thiago - Silva Milan

Meias

Ederson - Lyon
Carlos Eduardo - Hoffenheim
Hernanes - São Paulo
Sandro - Internacional
Paulo Henrique Ganso - Santos
Lucas - Liverpool
Jucilei - Corinthians
Ramires - Benfica

Atacantes

Robinho - Santos
Neymar - Santos
Alexandre Pato - Milan
André - Santos
Diego Tardelli - Atlético-MG

Fonte: http://www.globoesporte.globo.com/

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Entenda a diferença entre os principais índices de inflação

IGP
Índice Geral de Preços, calculado pela Fundação Getúlio Vargas. É uma média ponderada do índice de preços no atacado (IPA), com peso 6; de preços ao consumidor (IPC) no Rio e SP, com peso 3; e do custo da construção civil (INCC), com peso 1. Usado em contratos de prazo mais longo, como aluguel.

IGP-DI
O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna, da FGV, reflete as variações de preços de todo o mês de referência. Ou seja, do dia 1 ao 30 de cada mês. Ele é formado pelo IPA (Índice de Preços por Atacado), IPC (Índice de Preços ao Consumidor) e INCC (Índice Nacional do Custo da Construção), com pesos de 60%, 30% e 10%, respectivamente. O indicador apura as variações de preços de matérias-primas agrícolas e industriais no atacado e de bens e serviços finais no consumo.

IGP-M
Índice Geral de Preços do Mercado, também da FGV. Metodologia igual à do IGP-DI, mas pesquisado entre os dias 21 de um mês e 20 do seguinte. O IGP tradicional abrange o mês fechado. O IGP-M é elaborado para contratos do mercado financeiro

IGP-10
Índice Geral de Preços 10, também da FGV e elaborado com a mesma metodologia do IGP e do IGP-M. A única diferença é o período de coleta de preços: entre o dia 11 de um mês e o dia 10 do mês seguinte

IPC-RJ
Considera a variação dos preços na cidade do Rio de Janeiro. É calculado mensalmente pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e toma por base os gastos de famílias com renda de um a 33 salários mínimos IPCA.

IPC-Fipe
Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, da USP, pesquisado no município de São Paulo. Reflete o custo de vida de famílias com renda de 1 a 20 salários mínimos. Divulga também taxas quadrissemanais

 ICV-Dieese
Índice do Custo de Vida do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, também medido na cidade de São Paulo. Reflete o custo de vida de famílias com renda média de R$ 2.800 (há também índices para a baixa renda e a intermediária)

INPC
Índice Nacional de Preços ao Consumidor, média do custo de vida nas 11 principais regiões metropolitanas do país para famílias com renda de 1 até 6 salários mínimos, medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)

IPCA
Índice de Preços ao Consumidor Amplo, também do IBGE, calculado desde 1980, semelhante ao INPC, porém refletindo o custo de vida para famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos. A pesquisa é feita nas mesmas 11 regiões metropolitanas. Foi escolhido como alvo das metas de inflação ("inflation targeting") no Brasil

INCC
Índice Nacional do Custo da Construção, um dos componentes das três versões do IGP, o de menor peso. Reflete o ritmo dos preços de materiais de construção e da mão-de-obra no setor. Utilizado em financiamento direto de construtoras/incorporadoras

CUB
Custo Unitário Básico, índice que reflete o ritmo dos preços de materiais de construção e da mão-de-obra no setor. Calculado por sindicatos estaduais da indústria da construção, chamados de Sinduscon, e usado em financiamentos de imóveis.

Fonte: Folha Online - http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u465204.shtml

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Final Inédita de Copa do Mundo

Nesse dia 11/07/2010 será realizada uma final de copa do mundo inédita. Espanha ou Holanda, qual será a seleção campeã?
 


Goleiro Bruno e seu amigo Macarrão, suspeitos de participação no assassinato de Eliza Samudio, se entregaram para a polícia.

O delegado titular da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro, Felipe Ettore, anunciou na tarde desta quarta-feira, 7 de julho, que o goleiro Bruno Fernandes e seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, conhecido como Macarrão, se entregaram na Polinter (divisão de capturas da polícia do Rio), no Andaraí, zona norte da cidade. Ambos serão levados para prestar depoimento ainda hoje na sede da Divisão de Homicídios, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

Um primo do goleiro, de 17 anos, detido ontem no Rio, afirmou em depoimento que Eliza está morta e confessou participação no sequestro. A polícia realiza desde às 15h20min buscas em uma casa no bairro Santa Clara, em Vespasiano, na região Metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais, onde estaria o corpo da vítima.

O adolescente será trazido até a manhã desta quinta-feira para a Divisão de Homicídios para uma acareação com o goleiro e Macarrão. Os três foram indiciados pela polícia fluminense pelo sequestro da jovem. À polícia mineira, Macarrão, Bruno e outras seis pessoas respondem pelo crime de homicídio

Eliza e o goleiro mantiveram um relacionamento extraconjugal. Desaparecida desde 10 de junho, ela tentava provar na Justiça que Bruno é pai de seu filho de quatro meses.

 Fonte: www.estadao.com.br